

a ideia
Idealizado pelo artista plástico e poeta visual Silvio Hansen, tem origem em reuniões etílico-poéticas promovidas por integrantes dos movimentos Invenção de Poesia e Coletivo Oroboro. A ideia tomou forma por sua iniciativa e estabeleceu uma celebração diferenciada para o Dia de Finados: a reflexão onde o senso comum de uma saudade doída fosse contraposta a outra visão... que é a da superação de um estágio, ou passagem, de um existir precário a uma esfera transcendente do existir. Era firmado então um espaço itinerante das artes, o Velório Poético.
Em suas edições, ininterruptas de 2007 a 2018, apresentava uma peculiaridade que se tornaria características marcante: o homenageado (o morto-vivo que ilustrava os convites, “santinho”), seria o anfitrião da edição, ressaltando que para ocupar esta posição eram condições: 1. Estar vivo, 2. Participar da vida cultural pernambucana, por extensão brasileira.
a história
No trajeto percorrido, da primeira edição na antiga Casa Funerária Braga (Santo Amaro, Recife-PE), passando pelo coração da capital pernambucana, onde ocupou as instalações do bar Apolo 17 (Recife Antigo), até se estabelecer no calendário de eventos do Museu de Arte Moderna Aluísio Magalhães — MAMAM (Boa Vista, Recife-PE), onde atualmente realiza as suas edições ocupando o Pátio Interno do museu, vem ampliando seu público a cada ano.
Ter as realizações no MAMAM facilitaram muito o acesso do público, um apoio fundamental da Prefeitura da Cidade do Recife, por meio da presidência do MAMAM. O evento se fortalece a edição, agregando um público apoiador, artistas e ativistas, estabelecendo uma nova forma de produção cultural, uma ação vanguarda na propagação do hábito da leitura e formação de novos leitores, além de incentivar as performances e intervenções do público.
a reinvenção
Nesta edição apresentamos alterações sensíveis a proposta. Com ela fica redefinido o conceito e é lançada uma nova etapa em relação as homenagens. Inicia então no VELÓRIO POÉTICO a ação MEMÓRIAS VIVAS. Com ela os homenageados serão artistas, ativistas, pensadores, escritores, e todos que contribuíram em suas vidas para a propagação de ideias, provocando debates e reflexões sempre atuais.
Esta fase inicia com o escritor e artista plástico FRANZ KAFKA. Nome de incontestável relevância na literatura mundial, além de ter uma legado artístico pouco ou nada difundido, nas artes plásticas. Então vamos saudar esta fase em grande estilo, estando abertos ao tradicional morto-vivo, que poderá estampar os marcadores de página (santinhos) em qualquer outra edição ou ação do Velório Poético.
Ao ampliar nossa lente buscamos intensificar a captação de recursos para a viabilização do projeto. Desde seus primórdios esta ação sobrevive de doações e recursos próprios. Quando a BioDiverCidade Produções passou a somar forças com idealizador Silvio Hansen, iniciamos as campanhas com vendas de camisas. Também contamos com a adesão do público que participa com doação de livros, vinho e alimentos servidos.
o convite
Vamos nos conhecer melhor?! Reuna sua turma. Estamos esperando por você.
O acesso é completamente gratuito. Então chegue cedo, vamos brindar a propagação e troca de ideias. VINHO SEMPRE! Este é o lema da abertura do Velório Poético.
Participe, venha só ou acompanhado, se quiser traga seu vinho, também, ou venha degustar do nosso. O importante é passar uma tarde diferente neste Dia de Finados.
Você irá curtir, interagindo e assistindo as inusitadas performances do público. Aqui todos podem se expressar, o evento é um palco aberto para declamações, leituras e performances... mas a maior atração é a sua presença.
Na abertura temos produção de artes plásticas e durante todo o evento a programação musical do Velório Poético.