SOBRE NÓS

foto: Jeyvys Gomes, nov/2020
Silvio Hansen (1953 — 2020), edição de 2019
A proposta do Velório Poético tem origem em reuniões etílico-poéticas promovidas por integrantes dos movimentos Invenção de Poesia e Coletivo Oroboro.
Idealizado pelo artista plástico e poeta visual Silvio Hansen, a ideia tomou forma por sua iniciativa e estabeleceu uma celebração diferenciada para o Dia de Finados: a reflexão onde o senso comum de uma saudade doída fosse contraposta a outra visão... que é a da superação de um estágio, ou passagem, de um existir precário a uma esfera transcendente do existir. Era firmado então um espaço itinerante das artes.
Em suas edições, ininterruptas desde 2007, apresenta uma peculiaridade que se tornaria características marcante: o homenageado, o morto-vivo que ilustrava os convites (“santinho”), seria o anfitrião da edição, ressaltando que para ocupar esta posição eram condições: 1. Estar vivo, 2. Participar da vida cultural pernambucana, por extensão brasileira.
No trajeto percorrido, da primeira edição na antiga Casa Funerária Braga (Santo Amaro, Recife-PE), passando pelo coração da capital pernambucana, onde ocupou as instalações do bar Apolo 17 (Recife Antigo), até se estabelecer no calendário de eventos do Museu de Arte Moderna Aluísio Magalhães — MAMAM (Boa Vista, Recife-PE), executando suas edições no Pátio Interno do museu, vem ampliando e diversificando o seu público a cada ano.
Ter as realizações no MAMAM, apoio da Prefeitura da Cidade do Recife, por meio da presidência do MAMAM, facilitou muito o acesso e ofereceu um toque artístico a mais.
O evento se fortalece e agrega um público que interage e é o principal apoiador, somado aos artistas e ativistas. Estabelece uma nova forma de produção cultural, uma ação com foco na propagação do hábito da leitura, na formação de novos leitores. A execução é um conglomerado de ações que contemplam música, artes plásticas e poesia, incentivando a intervenções do público.
Parceiro desde 2010, BioDiverCidade Produções, assumiu produção/organização na última edição.
Com ela apresentou alterações sensíveis para a proposta. Redefiniu o conceito em relação aos homenageados, iniciando o MEMÓRIAS VIVAS, onde os homenageados passam a ser ícones da História: ativistas, pensadores, escritores, e todos que contribuíram em suas vidas para propagação de ideias, provocando debates e reflexões.
Esta fase iniciou com FRANZ KAFKA, escritor e artista plástico. Nome de incontestável relevância na literatura mundial. Ampliando a nossa lente nós buscamos recursos para a viabilização do projeto, que se mantém com recursos próprios, merchandisig, e doações. Desde seus primórdios esta ação sobrevive de doações e recursos próprios. Ao somar forças com Silvio Hansen, começamos a pensar em ações para manter o evento. Em 2015 iniciamos as campanhas com vendas de camisas. Contamos, ainda, com a adesão do público, participa ativamente com doação de livros, vinho e dos alimentos servidos.